AstraZeneca espera produzir 200 milhões de doses de vacina até abril

Farmacêutica divulgou
resultados de 2020
A AstraZeneca espera produzir
mais de 100 milhões de doses de sua vacina contra a covid-19 - desenvolvida em
conjunto com a Universidade de Oxford -
neste mês e elevar a capacidade para mais de 200 milhões de doses por
mês até abril, disse o presidente executivo da farmacêutica, Pascal Soriot,
nesta quinta-feira (11).
O chefe de Pesquisa e
Desenvolvimento Biofarmacêutico da companhia, Mene Pangalos, afirmou que a
empresa espera os dados dos testes em estágio avançado de sua vacina nos
Estados Unidos, antes do final de março.
Uma leitura dos dados está
somente "semanas distante", disse ele em teleconferência depois da
divulgação dos resultados da companhia em 2020.
OMS
A vacina da AstraZeneca é
segura e eficaz e deve ser amplamente implantada, inclusive em países onde a
variante sul-africana do coronavírus talvez reduza sua eficácia, recomendou um
painel da Organização Mundial da Saúde (OMS) nessa quarta-feira.
Em recomendações provisórias
sobre a vacina, o painel do Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em
Imunização disse que a vacina deve ser administrada em duas doses, com um
intervalo de cerca de 8 a 12 semanas entre a primeira e a segunda, e também
deve ser utilizada em pessoas com 65 anos ou mais.
Mesmo em países como a África
do Sul, onde foram levantadas questões sobre a eficácia da vacina da
AstraZeneca contra uma variante do coronavírus SARS-CoV-2, "não há razão
para não recomendar seu uso", afirmou o presidente do grupo da OMS, Alejandro
Cravioto, em entrevista.
"Fizemos uma recomendação
de que mesmo que haja uma redução na possibilidade de essa vacina ter um
impacto total em sua capacidade de proteção, principalmente contra doenças
graves, não há razão para não recomendar seu uso mesmo em países que têm
circulação da variante", disse ele.
A África do Sul interrompeu
esta semana a vacinação com o imunizante da AstraZeneca, depois que dados de um
pequeno ensaio mostraram que ela não protegia contra doenças leves a moderadas
da variante 501Y.V2 do coronavírus, atualmente predominante no país.
A OMS disse que essas
conclusões preliminares "destacam a necessidade urgente de uma abordagem
coordenada para vigilância e avaliação de variantes" e seu impacto na
eficácia da vacina.
"A OMS continuará monitorando
a situação e à medida que novos dados forem disponibilizados, as recomendações
serão atualizadas de acordo", acrescentou.
Publicado
em 11/02/2021 - 08:42 Por Pushkala Aripaka e Ludwig Burger* - Repórteres da
Reuters - Londres
Reuters
*
Reportagem adicional de Stephanie Nebehay, John Miller e Kate Kelland