Ao menos 1,4 milhão deixam de sacar e perdem auxílio emergencial

Com isso, segundo o Ministério
da Cidadania, R$ 1,3 bilhão que deixaram de ser regatados foram devolvidos aos
cofres da União
Pelo menos 1,4 milhão de
pessoas que receberam o auxílio emergencial não movimentaram o benefício
depositado em suas contas digitais dentro do prazo determinado por decreto que
regulamentou o recurso. Com isso, segundo o Ministério da Cidadania, até o momento
R$ 1,3 bilhão deixaram de ser utilizados e foram devolvidos aos cofres da
União.
Segundo a Caixa, os valores
creditados na conta poupança digital e não movimentados no prazo de 90 dias, no
caso do auxílio emergencial, ou 270 dias, no caso do auxílio emergencial
extensão, são devolvidos à União. Para o público que faz parte do Programa
Bolsa Família, as parcelas têm validade de 270 dias.
O governo federal já encerrou
o programa que começou em abril e beneficiou 67,9 milhões de pessoas, com R$
294 bilhões, principalmente trabalhadores informais e população de baixa renda,
para minimizar os efeitos da pandemia de coronavírus.
Fim
do benefício
O fim do benefício é uma das
grandes preocupações por causa do impacto que pode provocar na economia, já que
a pandemia de covid-19 deve se estender, provavelmente, nos próximos meses até
a intensificação da vacina.
O governo cogitou lançar um
novo programa que englobaria beneficiários do auxílio e do Bolsa Família, mas
não saiu do papel. Também desistiu de prorrogar o pagamento, argumentando que o
país tem uma capacidade de endividamento e não pode desequilibrar as contas
públicas. Uma possibilidade será a ampliação do número de pessoas assistidas
pelo Bolsa Família.
O presidente Jair Bolsonaro
afirmou que seu governo vai respeitar o teto de despesas e descartou a
prorrogação do auxílio emergencial. Mas pressão política e econômica, com a
escalada dos casos de covid-19 após as festas de fim de ano, pode fazer o
governo apresentar proposta atrelada ao controle de gastos.
Apesar das resistências, o
Ministério da Economia já discute a possibilidade, mas desde que tenha um
acordo com o Congresso para aprovação rápida de medidas de corte de gastos. A
decisão deve ser tomada com diálogo entre o novo comando da Câmara e do Senado
e a equipe econômica do governo.
No Congresso, já há pelo menos
nove projetos para estender o benefício até que a situação da Covid-19 seja
controlada no país.
04/02/2021
| 7:52
R7